A causticante seca que assola toda a zona rural de Saboeiro, encravado na região dos Inhamuns, está deixando um rastro de desespero e angústia nos trabalhadores devido à fome e à sede que campeiam em todo o município. Eles reclamam que só dois carros pipas abastecem a população, que ainda tem o agravante de não dispor de cisternas de placas para guardar a água.
O cenário é de açudes secos com porões vazios e sem nenhuma perspectiva de chuva. A vegetação e pastagens definham secas, deixando os rebanhos sem também alimentação.
O secretário de Agricultura de Saboeiro, Raimundo Nonato Martins, denuncia que o problema da seca verde é preocupante, pois já existe um clima de muita aprensividade no homem do campo e isso poderá até em ocasionar um grande êxodo rural. Raimundo Nonato enfatiza ainda que há localidades na zona rural, a uma distância de 35 km da sede do municípios que não estão sendo atendidas pelos carros pipas e por isso estão passando sede.
O prefeito de Saboeiro, Marcondes Ferraz, confirma ser critica a situação no município. Ele afirma que o município dispõe de apenas 144 cisternas de placas, quando a necessidade seria de mil cisternas. Ressalva que, apesar de ser cortado pelo Rio Jaguaribe, a população não tem como armazenar e aproveitar a água por falta de cisternas. Dessa forma, a água do Jaguaribe é toda desperdiçada e não tem nenhuma utilidade.
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