
De acordo com o boletim de ocorrência, o pai apresentou à polícia uma ficha de evolução clínica emitida pelo hospital, segundo a qual a menina recebeu a vaselina. A adolescente foi atendida na tarde de sexta-feira (3) no Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte de São Paulo, administrado pela Santa Casa de São Paulo, com um quadro de dores abdominais, diarréia e vômito.
A madrasta da jovem, a professora Caroline de Fátima Montagno Pereira, de 31 anos, conta que Stephanie foi medicada e recebeu soro. “Segundo a mãe, ela teve uma melhora, estava bem. A médica disse que esperaria meia hora, daria uma sopa e, se ela não vomitasse, teria alta”, afirma a madrasta. Nesse período, segundo a família, uma enfermeira disse que daria um outro medicamento à adolescente e ela estaria liberada. “Logo depois, ela falou para a mãe que a língua estava dormente e que ia morrer.”
A garota foi transferida às 21h30 de sexta para a Santa Casa, no Centro de São Paulo. Segundo a família, ela sofreu sete paradas cardiorrespiratórias. O pai conta que um dos médicos que tentava reanimá-la alertou a família sobre a gravidade do quadro. “Quando eu cheguei, ele disse que estava fazendo o possível para reanimar porque as chances dela eram mínimas. Ele disse: 'eu estou fazendo um milagre para tentar deixá-la viva'”, lembra.
A menina morreu à 0h20 de sábado (4). A ocorrência foi registrada como homicídio culposo e encaminhada ao 73º Distrito Policial, no Jaçanã, para investigação. A Santa Casa informou que vai ser aberta uma sindicância para apurar os fatos e que só se manifestará sobre o caso em uma nota à imprensa prevista para a tarde desta segunda-feira (6).
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