sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

DER recupera trechos na CE-060 após protestos


Revoltados com a falta de sinalização e a ocorrência de acidentes fatais no trecho de 33km da CE-060, a conhecida Estrada do Algodão, moradores quebraram o asfalto, recém construído, e abriram 19 valas. O trecho fica entre a cidade de Várzea Alegre e a localidade de Umarizeiras.

Os buracos de um lado e outro da pista são profundos. Em face do risco de acidentes graves, operários do Departamento de Edificações e Rodovias (DER) trabalham, desde ontem, na construção de redutores de velocidade, nos trechos danificados pela população.

O trecho de 59km entre as cidades de Iguatu e Várzea Alegre é recém construído. Em parte dele, a construtora ainda trabalha na conclusão dos serviços de drenagem, meio-fio e sinalização. O asfalto novo facilitou o tráfego de veículos que é intenso entre as regiões Centro-Sul e Cariri.

Os carros passaram a trafegar em maior velocidade. Resultado: neste mês, ocorreram dois acidentes fatais com crianças. Em, pelo menos, cinco pontos, o asfalto corta trechos urbanos de vilas rurais e bairros. Casas e até escolas foram construídas ao longo dos últimos anos muito próximas à rodovia.

A forma de protesto começou pelo Distrito de Caipu, onde há cerca de 20 dias uma criança foi atropelada e morreu no local. O asfalto foi cortado em dois trechos. Depois, foi a vez da localidade de Umarizeiras, que fica entre Cedro, Iguatu e Várzea Alegre. Lá, três valas foram abertas. A ação dos moradores também foi motivada por ocorrência de acidente e, também, morte na CE-060.

A forma de protesto rapidamente foi copiada por outras comunidades. Em Cachoeira dos Pintos foram abertas duas valas e no Distrito de Naraniú, também conhecido por São Caetano, quatro.

Na localidade Brejo, o asfalto foi cortado em três trechos e na Vila Grossos, em dois. Neste fim de semana, foi a vez dos moradores do Bairro Santo Antônio, na periferia de Várzea Alegre, cortar o asfalto em dois trechos. "Aqui tem lombada eletrônica, mas não funciona faz tempo", disse o morador Raimundo Bezerra.

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