No próximo dia oito de fevereiro, a lei municipal número 1.044/ 2010, que proíbe o uso de celular e de capacete dentro das agências bancárias e instituições similares, completará quatro meses de vigência no Município de Beberibe.
Pioneira no Estado a implantar a norma, a cidade comemora a redução de ocorrências (tipo "saidinha") nos estabelecimentos atendidos pela lei, nesse período. De acordo com o comando da Polícia Militar de Beberibe, a última ocorrência dessa natureza ocorreu antes de setembro de 2010, quando a regra foi sancionada pelo Poder Executivo.
"As instituições e os clientes tiveram 30 dias para se adaptar. Não tivemos nenhum problema de alguém se recusar a obedecer a lei. Em cada local há adesivos autoexplicativos", conta o prefeito Odivar Facó.
Conforme a lei, ninguém pode entrar com o telefone celular ligado ou utilizando capacete em agências lotéricas, correios e bancos. Segundo o major Antônio Carlos Macêdo, não houve mais assaltos nesses locais, nos últimos meses. Ele acredita que a norma dificulta a ação dos bandidos e auxilia na prevenção de ocorrências.
"Como não é permitida a entrada no banco com o celular ou capacete, os vigilantes ficam observando atitudes suspeitas do lado de fora e nos comunicam", reforça o policial, ressaltando que a pessoa que se recusar a obedecer a norma será abordado pela Polícia e terá seus dados checados através do Terminal Móvel de Dados (TDA) instalado em cada viatura.
Caso insista, a pessoa deverá ser encaminhada para a Delegacia, onde será feito um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) por desacato à lei municipal. De acordo com o major, não foi só a implementação da lei que melhorou os índices de criminalidade do Município.
"A chegada da PM Tur e do Ronda do Quarteirão, também em 2010, aumentaram a sensação de segurança em Beberibe", complementa, lembrando que o comando geral da PM já explicitou para as demais Prefeituras o desejo de criar legislação semelhante nos outros Municípios do interior cearense.
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