segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Médicos de todo o país marcam greve para 7 de abril

Médicos de todas as especialidades e em todo o país prometem paralisar o atendimento eletivo a pacientes de planos de saúde no dia 7 de abril, quando se comemora o Dia Internacional da Saúde. O objetivo é convencer as operadoras a negociar reajustes nos honorários médicos e a adequar os contratos. Os serviços de urgência serão mantidos. 


A decisão foi tomada na sexta-feira em reunião na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), onde estavam presentes as principais lideranças médicas do país. Algumas especialidades, como ginecologia e anestesiologia, vêm realizando protestos isolados desde o ano passado, mas é a primeira vez que toda a categoria estará mobilizada. 


Os diretor da Associação Médica Brasileira (AMB), Florisval Meinão, diz que há uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinando que os contratos entre médicos e operadoras tenham uma cláusula com os critérios e a periodicidade do reajuste. Mas, segundo ele, a maioria dos contratos não cumpre essa regra. "As empresas resistem em negociar. Por isso, decidimos tomar uma atitude", afirma Meinão. Também foi definido na sexta-feira que as lideranças de cada Estado farão um balanço da situação regional para enviar propostas de reajustes para as operadoras.


O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá, explica que há outra frente de negociação que envolve a ANS e o Ministério Público do Trabalho. "Já fizemos algumas reuniões com a mediação do Ministério Público também para regulamentar a questão dos contratos de trabalho." 

A FenaSaúde, representante dos planos, informou, por meio de nota, que "suas associadas buscam constantemente aperfeiçoar o seu relacionamento com os médicos, apresentando propostas concretas nos fóruns de debates". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

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