segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Oito policiais vão a júri por ação desastrosa do caso Hilux

A Justiça vai mandar a julgamento oito policiais militares, acusados de participar da ação desastrosa em setembro de 2007, em Fortaleza, quando uma caminhonete Hilux foi alvejada com vários tiros, porque a polícia teria confundido o veículo com o carro utilizado por bandidos em fuga. Entre os ocupantes do carro havia um brasileiro e três estrangeiros.

A decisão foi tomada pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira. Vão a júri os acusados Luiz Ary da Silva Barbosa, Marcelo Lima Alves, Francisco Emanuel Rodrigues Felipe, Rinaldo Carmo Sousa, Francisco Edinaldo de Lima, Francisco Elnias de Sousa, Francisco Eloy da Silva Neto e Antônio Eduardo Martins Maia. Foram impronunciados os PMs Antônio Liberato Dias Neto e Marcos Antônio da Silva.Além desses oito policiais, outros dois acusados foram excluídos do processo por falta de provas.

Dia 26 de setembro de 2007, policiais faziam um cerco para capturar bandidos fugitivos que haviam acabado de roubar um caixa eletrônico da Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb). Durante a perseguição, teriam confundido o veículo e atiraram várias vezes contra uma caminhonete que trafegava entre as avenidas Murilo Borges e Raul Barbosa.

O carro alvejado era ocupado por um casal que vinha do Aeroporto Pinto Martins, de onde traziam dois turistas amigos, vindos da Espanha. Estavam na Hilux o italiano Innocenzo Brancati e sua esposa, a brasileira Denise Sales Campos Brancati; e o casal de espanhóis Marcelino Luiz Campelo e Maria Del Mar Santiago Almudever, esta foi a única que não saiu ferida.

Marcelino Luiz Campelo acabou ficando definitivamente paraplégico, na ação desastrosa em que os policias dispararam 22 tiros, contra pessoas inocentes.

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