O Estado do Piauí impetrou uma ação civil ordinária no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Ceará. Aquele Governo reivindica agregar 3.000 mil km² de terras na Serra da Ibiapaba ao seu território. De acordo com o deputado Neto Nunes (PMDB), presidente da Comissão de Triagem e Elaboração de Projetos e Criação de Novos Municípios da Assembleia, o Ceará "foi pego de surpresa".
Segundo Neto Nunes, a ação foi protocolada no dia 24 de agosto, mas a discussão sobre as áreas de litígio entre os dois Estados não iniciou agora. Em 2009, um projeto apresentado na Assembleia Legislativa do Piauí, tratava de passar 2.417km² do Ceará para o Estado piauiense. Segundo estimativa do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), o total da área de litígio entre o Ceará e o Piauí mede cerca de 3.210km².
Em abril deste ano, Neto Nunes já havia comentado que o Piauí pretendia recorrer ao STF para anexar territórios do Ceará. Conforme o parlamentar, o argumento deles é de que a divisão territorial entre os estados não foi feita partir do marco inicial, o que fez com que o Ceará ficasse com terras que, na verdade, pertencem ao Piauí.
Lutar
O deputado Roberto Mesquita (PV) criticou a posição do Piauí em impetrar uma ação contra o Ceará, entendendo ter sido uma decisão "pretensiosa". Ele lembra que toda a área que está sendo reivindicada pelo Piauí é mantida por recursos do Ceará, acreditando que o Estado terá prejuízos caso perca território.
O deputado Moésio Loiola (PSDB) disse entender que o Piauí tem de lutar, mas não dessa maneira, pois acredita que assim, não se chegará a um consenso. "Então, eles devolvem Parnaíba e a gente devolve Crateús", sugeriu.
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