O ex-deputado federal Ciro Gomes reagiu irritado ao ser questionado sobre recursos de R$ 22 mil que receberia para dar consultoria política ao PSB cearense – cuja executiva estadual é presidida por seu irmão, o governador Cid Gomes.
O contrato foi revelado há cerca de um mês, em tom de acusação, pelo ex-presidente municipal da sigla, Sérgio Novais, adversário dos Ferreira Gomes na legenda. “Nunca recebi nenhum centavo ilegal na minha vida, nunca assinei cheque em bolsa de caixas. Não tenho de dar satisfação a ninguém”, afirmou Ciro, aproveitando para lançar suspeitas contra o oponente.
Novais foi acusado, em setembro deste ano, pelo atual secretário de Finanças do PSB municipal, Rogério Pinheiro, de retirar ilegalmente R$ 140 mil da conta bancária da sigla. Para isso, teria feito saques com cheques nominais a ele próprio.
À época, Novais defendeu-se explicando que Pinheiro vinha se negando a assinar qualquer tipo de documento, incluindo os referentes à folha de pagamento, impostos e serviços. Por isso, alega que teria precisado recorrer ao segundo tesoureiro da sigla para ter acesso aos recursos.
Integrante da executiva estadual do PSB, o deputado estadual Zezinho Albuquerque disse que Ciro vem sendo pago pela legenda há cerca de quatro meses, com o consentimento do grupo. Ele defendeu a prática, ao ressaltar que trata-se de algo comum a vários partidos.
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