O juiz da Comarca de Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, Michell Rocha da Silva, recebeu denúncia contra o soldador de 29 anos acusado de matar com 12 golpes de canivete o próprio filho, o bebê Tiago Silva Prado, de 1 ano e 2 meses, no primeiro dia deste ano, no interior de Mato Grosso. O Ministério Público denunciou o soldador pelos crimes de homicídio qualificado, resistência à prisão e ameaça. O acusado vai ser levado a Júri Popular pelo crime, mas a data ainda não foi definida.
O promotor Luiz Augusto Ferres Schimith, autor da denúncia criminal, entendeu que o soldador cometeu o assassinato por motivo torpe e não deu chances de defesa para a vítima. Além disso, o promotor considerou que o acusado ameaçou a mãe da criança, a dona de casa Raquel de Lourdes Silva, e também agrediu um policial militar do município que tentou evitar o crime. Se condenado, o acusado pode pegar mais de 30 anos de prisão caso por decisão da Justiça. O réu ainda continua preso na cadeia o município.
O assassinato do bebê teria ocorrido após uma discussão entre o pai e a mãe da criança. A mulher fugiu para a casa de um vizinho e depois chamou a polícia. Em seguida, segundo a polícia, o suspeito fez o próprio filho de um ano como refém. O homem matou o bebê com 12 golpes de canivete e só foi preso após 4h de tentativa de negociação com a polícia e familiares.
Em depoimento à delegada de Sapezal, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, a mãe do bebê disse que recentemente havia se separado do marido e que “por dificuldades financeiras” teria reatado o relacionamento. Em entrevista concedida à TV Centro América no dia do crime, Raquel da Silva afirmou que o marido planejou o assassinato do filho. “Ele já vinha planejando isso há dias. Ele queria me matar e os dois filhos e dizia que ele ia se matar depois”, revelou. O velório e o enterro do bebê, em Tangará da Serra, foram acompanhados por moradores e familiares que estavam revoltados com a morte do menino.
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