Durante os nove dias de greve dos policiais militares da Bahia, completados nesta quarta-feira (8), 129 pessoas foram vítimas de homicídios em Salvador e região metropolitana, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). O número se refere aos crimes ocorridos desde a terça-feira (31), primeiro dia do movimento, até a manhã desta quarta. O dado representa um aumento de 118,6% em comparação com os homicídios registrados uma semana antes, nos nove dias entre 23 e 31 de janeiro, quando 59 pessoas foram assassinadas, de acordo com a SSP-BA.
O aumento no número de homicídios fez subir a demanda por atuação do órgão, segundo um funcionário do IML, e o movimento está tão intenso que até um dos carros funerários de reserva está sendo utilizado.
Segundo o funcionário do IML, que preferiu não se identificar, nesses dias de greve os três carros funerários da unidade têm recolhido média de 30 corpos por dia, enquanto em dias considerados normais, sem a greve da PM, a média é de 15. Os piores momentos, afirmou, ocorrem nos fins de semana.
Na manhã de quarta-feira (7), a secretaria afirmou que já passava de cem o total de homicídios. A instabilidade do site da SSP-BA nas últimas 48 horas tem dificultado o acesso aos detalhes dos crimes, entre eles, o local e o horário da ocorrência, além do sexo e idade das vítimas. O dado mostra, no entanto, que a quantidade de vítimas tem diminuído desde a manutenção da greve na Bahia. No domingo (5), o aumento de casos até então era de 129% e, nesta quarta, atinge 118,6 %.
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