Seria hilário, se não fosse triste. Em Ipaporanga, na Zona Oeste do
Ceará, um candidato a Prefeito foi apenado com nove anos de cadeia por
crimes que não cometeu e se os tivesse cometido, estariam todos
prescritos. Esta é uma das muitas histórias cabeludas que cercam as
eleições deste ano no Ceará, onde há indícios de fraudes, procedimentos
jurídicos cavilosos, prisões e solturas, as mais disparatadas e, agora,
essa incrível condenação de um cidadão pelo simples fato de que, uma vez
candidato, corre o risco de ser eleito contra a candidata do dono da
cidade.
Antônio Alves Melo, o Toinho Contábil, foi prefeito de Ipaporanga de
1993 a 1996. Todas as suas contas nos exercícios de 93 a 95 foram
aprovadas pela Câmara e pelo TCM. Entretanto, as contas de gestão de
1996, por não ter tido oportunidade de defesa, em razão de manobras
efetuadas pelos seus hoje adversários e inimigos, foram desaprovadas por
aquilo que os advogados do campo político-administrativo chamam de
atecnias. Em conseqüência disso, foram ajuizadas Ações Cíveis e Penais e
por fim, eleitorais, como forma de inviabilizar o retorno do
ex-Prefeito Toinho Contábil à cena política de Ipaporanga.
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