A violenta dispersão dos acampamentos de manifestantes no Cairo que
exigiam o retorno do presidente deposto Mohamed Morsi ao poder e os
confrontos espalhados pelo Egito
deixaram pelo menos 525 mortos, a maioria civis, segundo um novo
balanço oficial divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira
(15).
Este foi o dia mais violento desde a revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak do poder, no início de 2011.
De acordo com o porta-voz, 137 pessoas morreram na praça Rabaa al-Adawiya do Cairo,
principal área ocupada pelos manifestantes que exigiam o retorno ao
poder do presidente islamita destituído em 3 de julho pelo exército.
Em outra praça, Al-Nahda, um pouco menor e também ocupada há um mês e
meios pelos partidários de Morsi, 57 pessoas morreram na quarta-feira.
As outras 227 mortes aconteceram no restante do país, segundo a mesma fonte.
As duas praças foram invadidas e violentamente desalojadas na quarta-feira pelas forças de segurança e pelo exército.
Após os confrontos, o exército instaurou estado de emergência durante
um mês no país, com um toque de recolher no Cairo e em metade do Egito,
das 19h (14h0 de Brasília) às 6h (1h).
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