Viagem duas horas antes do jogo, cilindro de oxigênio no banco de
reservas... A preocupação com a altitude de 3.600m de La Paz, na
Bolívia, era tanta que o Flamengo esqueceu de um outro detalhe: o campo
molhado virou o algoz da vez num histórico recente de decepções
rubro-negras na Libertadores. Muralha escorregou uma vez, Samir, três.
Numa delas perdeu a bola e cometeu o pênalti que deu a vitória ao
Bolívar por 1 a 0, na noite desta quarta-feira. Gol de Arce,
ex-Corinthians. O resultado que mantém os 31 anos de invencibilidade dos
bolivianos em casa contra brasileiros e em jogos pelo torneio. E
empurrou o Fla para a lanterna do Grupo 7.
Após os quatro pontos conquistados nos dois jogos com o Flamengo, o
Bolívar foi a cinco e trocou o último lugar da chave pela terceira
posição. De quebra, ainda empurrou os brasileiros para a lanterna, com
quatro pontos. A liderança agora é dos mexicanos do León, que nesta quarta bateram em casa o Emelec, do Equador, por 3 a 0, e chegaram a sete pontos. Os equatorianos vêm logo abaixo, com seis.
No Fla, ninguém precisou do cilindro de oxigênio. Mas se sobrou ar,
faltou gás. O time foi mero espectador no primeiro tempo e só construiu
jogadas na etapa final, a partir da entrada de Paulinho. Enquanto teve
fôlego, criou momentos de perigo que pararam no goleiro Quiñonez. E o
placar apertado não impediu a torcida boliviana de gritar "olé" no fim.
Após o jogo, o zagueiro Wallace mostrou estar ciente daquilo que o time
precisa: vencer seus últimos dois compromissos para chegar à
classificação. A vaga com um empate e uma vitória é possível, mas muito
improvável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário