Reportagem publicada na edição deste domingo (30) do jornal O Estado
de S. Paulo revela que a possibilidade da abertura de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na
Petrobrás levou o Palácio do Planalto e o comando da campanha à
reeleição da presidente Dilma Rousseff a começar um processo de
reaproximação com o PMDB, após semanas de uma intensa disputa política
com o principal aliado. O objetivo é consolidar apoios no Congresso
Nacional que ajudem a blindar Dilma durante a investigação. Em troca, o
PT cede espaços na elaboração dos palanques regionais.
O primeiro caso a ser revisto foi justamente onde as negociações
estavam mais complicadas: Ceará. No Estado, a crise na Petrobrás pôs fim
ao impasse de meses entre os irmãos Cid e Ciro Gomes e o senador
Eunício Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o
governo. Eunício, que chegou a ser convidado para assumir o Ministério
da Integração Nacional para abrir caminho para os irmãos Gomes, rejeitou
a oferta feita por Dilma e afirmou que só aceitaria a candidatura ao
governo. Passou, desde então, a frequentar todas as reuniões de grupos
dissidentes. Mas os problemas na estatal aceleraram a solução. Com o
aval da presidente, ele será o candidato da base.
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