sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Com Dilma, subida do Mínimo terá queda de 50%


Com a decisão de manter as atuais regras de reajuste, o ritmo de valorização do salário mínimo deve cair em mais de 50% do primeiro para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o mínimo foi elevado em 2,9% ao ano, em média, acima da inflação –uma taxa já modesta se comparada às dos governos Lula e FHC.

Como a política em vigor vincula os ganhos à expansão da economia do país, a conjuntura desfavorável resultará em um aumento em torno de 1,2% ao ano entre 2015 e 2018, de acordo com as projeções mais consensuais no mercado.

Nesse cenário, a alta real do mínimo nos dois mandatos de Dilma dificilmente ficará muito acima dos 2%, em média, ante 4,7% no período de FHC e 5,5% no de Lula.

Em valores de hoje, é como se o piso salarial subisse dos atuais R$ 788 para R$ 807 dentro de três anos – o valor nominal, obviamente, será maior, devido à inflação.

Os cálculos não dependem de muita futurologia: a fórmula de reajustes, adotada desde o segundo governo Lula, estabelece ganhos equivalentes ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, além da correção da inflação.

O aumento do próximo ano, portanto, será equivalente ao crescimento do ano passado. Há poucas dúvidas sobre a taxa, que deve ser algo entre 0% e 0,2%.

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