segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Chefes do PCC no Ceará comemoram mortes

O clima nos presídios cearenses era de aparente tranquilidade até o fim da noite de ontem depois das rebeliões durante o fim de semana nos sistemas penitenciários do Rio Grande do Norte e do Paraná, que resultaram em, pelo menos, 28 mortes. Ontem, um áudio atribuído à 'sintonia' (liderança) da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), no Ceará, comemorando a chacina em Natal, circulou nas redes sociais e deixou as autoridades cearenses de prontidão. Policiais do Comando Tático Motorizado (Cotam) e agentes do Grupo de Apoio Penitenciário (Gape) estiveram no Complexo Penitenciário de Itaitinga II, mas nenhum tumulto foi registrado. 

O presidente do Conselho Penitenciário do Ceará, advogado Cláudio Justa, disse que "o Sistema (Penitenciário) está instável, mas é uma instabilidade controlada". A realocação de detentos nas unidades do Ceará, separando-os por facções, segundo ele, evitou um confronto e mortes, mas "não há garantias de que não vá estourar. Podem ocorrer mortes aqui como ocorreram no Rio Grande do Norte. Todos os estados devem ficar em alerta". 

A transferência de presos nas unidades cearenses foi realizada um dia depois do massacre em Manaus, que culminou com 56 presos do PCC mortos por membros da facção rival Família do Norte (FDN). Uma semana depois, em Roraima, o PCC matou integrantes do Comando Vermelho (CV) e da FDN. No sábado, a organização criminosa paulista matou 27 integrantes do CV, FDN e Sindicato do RN, no Rio Grande do Norte.

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