quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um mês de compra de votos

De acordo com o deputado Artur Bruno (PT), apesar da campanha ter iniciado há apenas um mês a prática da compra de votos está disseminada em todos os pontos do Estado, inclusive com a variação do preço do voto chegando até a cifra de R$ 100, para os mais ricos.

Os deputados Fernando Hugo e Moésio Loiola, ambos do PSDB apoiaram o discurso do petista, acrescentando que no Estado, a compra de votos está uma "esculhambação", reconhecendo a impotência da Justiça Eleitoral para coibi-la e do Ministério Público para fiscalizar.

Para o deputado Artur Bruno, apenas a reforma eleitoral, que ainda não foi feita pelo Congresso Nacional, pode acabar com esse tipo de prática. "Tenho ficado perplexo com o grau de deturpação da atividade política. Alguns milionários têm percorrido as cidades comprando votos, fazendo com que o voto não seja da vontade do eleitor, mas sim uma grande mercadoria", lamentou.

O parlamentar defende algumas mudanças que para ele, só podem ser implementadas através de uma reforma eleitoral profunda e completa, como é o caso do voto distrital misto, em que cada deputado representa uma região do Estado.

Desse modo, Bruno explica que o Estado ficaria dividido em 11 distritos e cada distrito iria escolher seu representante. "Da maneira que acontece hoje, os deputados do mesmo partido disputam entre si, o que é absurdo", avaliou.

Ele ainda esclarece que no caso do voto distrital misto, a outra metade dos deputados seria composta pelos candidatos temáticos, ou seja, os que defendem áreas mais específicas como educação ou saúde, por exemplo.

Ele também defende o financiamento público de campanhas, alegando que não se podemos mais aceitar que as campanhas milionárias deturpem a vontade do eleitor. "Que pode eleger um médico, um agricultor, um funcionário público, um professor. Com as campanhas milionárias, daqui a pouco ninguém mais poderá ser candidato porque só os milionários, grandes empresários, terão chance", reclamou.

Na sua avaliação, a reforma eleitoral também deveria diminuir a quantidade de partidos para acabar com as siglas de aluguel hoje existentes.

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