quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ciro será um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff

Para somar forças rumo ao segundo turno da eleição presidencial, o PT decidiu abrir mais espaço aos partidos aliados e, ontem, convocou o deputado federal Ciro Gomes (PSB) para fazer parte do núcleo que coordena a campanha nacional de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto. O convite, anunciado durante reunião em Brasília, foi feito pela própria petista, que disse "admirar e respeitar muito" o cearense.

O mesmo Ciro que, há quatro meses, chegou a se indispor com o PT – ao avaliar que o partido teria interferido na decisão do PSB de retirar sua candidatura à Presidência da República – garantiu ontem que agora é "cabo eleitoral" e que está "100% à disposição" da campanha. O cearense é um dos maiores críticos de José Serra (PSDB), adversário de Dilma nas urnas, no próximo dia 31 de outubro.

Como membro da coordenação, Ciro participará da elaboração de estratégias, articulará a presença de Dilma nos estados e terá, como um dos principais desafios, atrair para a petista os votos que foram para Marina Silva (PV) no primeiro turno da eleição. Para isso, tem destacado suas afinidades com ela. "Eu sou uma das pessoas que tem a maior amizade, carinho e respeito pela Marina", afirmou Ciro, que foi ministro da Integração Nacional do Governo Lula (PT) no mesmo período em que a ex-candidata foi titular da pasta do Meio Ambiente.

Conforme o cearense interpretou, o eleitor de Marina tem o mesmo perfil das pessoas que votam nele próprio – o que, de acordo com a tese, poderia ajudar na transferência de votos. "O que precisamos fazer é entender o que está na cabeça desses brasileiros maravilhosos que deram a ela, Marina, tal votação. Eu conheço bem esses eleitores porque eles votaram em mim", avaliou. Ainda segundo Ciro, a boa performance do PV na disputa foi uma "lição de humildade" à campanha de Dilma.

Para o segundo turno, Ciro defendeu a volta de um "Lulinha paz e amor", em referência à postura adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha que o elegeu, em 2002. Além do deputado, também compartilharam a idéia os governadores reeleitos.

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