quinta-feira, 4 de novembro de 2010

500 mil cearenses sem água

Com a revelação de que cerca de 500 mil pessoas estão com falta d´água no Interior, o governo do Estado iniciou, ainda ontem, a execução de um plano para evitar o êxodo rural e manter o homem no campo.

A Defesa Civil do Estado está requerendo recursos ao Ministério da Integração, de modo a fixar o homem no campo e evitar as consequências negativas de repetição de levas de retirante para a Capital, a exemplo do que acontecia no passado.

Parceria

O número do desabestecimento no Estado do Ceará apresentado pela imprensa do Sudeste e foi confirmado pela Defesa Civil, apresenta os dias de hoje com um dos períodos mais severos no fornecimento de água para as populações rurais. Com isso, o Estado mantém uma parceria com o Exército, no sentido de executar a distribuição por meio de carro-pipa.

Em municípios do Sertão Central, Inhamuns e Centro-Sul, o abastecimento d´água em feito quase que exclusivamente por carros-pipas. Na zona rural, as população dependem exclusivamente deste serviço.

A necessidade de tomar medidas mais efetivas levou, ontem, a Brasília, o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel João Vasconcelos Sousa, que apresentou ao Ministério da Integração um Plano de Emergência para ser aplicado ainda neste ano de 2010.

O plano não apenas contempla a expansão do fornecimento do produto por carros-pipas, como também a apresentação de pleitos na aplicação de recursos para que o homem do campo permaneça, sem problemas, em seus lugares de origem.

De acordo com o secretário executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Willian Lopes, há sempre uma preocupação com os períodos de seca, não apenas pelos transtornos que motivam o êxodo, como pelas consequências que acarretam nas grandes cidade do Estado, principalmente Fortaleza.

A ideia, segundo o coronel Willian, é inibir a possibilidade de um acentuado abandono da zona rural, a mais atingida pela escassez de chuvas este ano. Além da perda da lavoura, o gado já está morrendo.

De acordo com o militar do Corpo de Bombeiros, a preocupação maior não é tanto com o aumento da demanda no consumo de água tratada no Ceará. Ele explicou que o efeito mais grave, é a retomada do êxodo para a Capital. Nas décadas de 70 e 80 do século passado era comum a vinda de retirantes fugindo da seca, o que não se verifica hoje em dia.

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