terça-feira, 16 de novembro de 2010

Governo refaz contas, e salário mínimo deve ser de R$ 540

O ministro da Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou na tarde desta terça-feira (16) que o governo mudou o valor do salário mínimo dentro do Projeto de Lei Orçamentária para 2011. A projeção do mínimo foi de R$ 538,15 para R$ 536,88 no ano que vem.

Na prática, a mudança não modifica o valor que deverá ser pago efetivamente aos trabalhadores. Isso porque o governo já defendia que o salário fosse arredondado para R$ 540. As centrais sindicais continuam pressionando para que o salário fique em R$ 580. O valor definitivo será fixado pelo Congresso, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda pode vetar.

O cálculo utilizado para o reajuste do atual salário de R$ 510 corresponde à inflação acumulada no ano mais o crescimento real do PIB de dois anos antes. Pelo fato de variação do PIB de 2009 ter sido negativa (-0,2%), o reajuste foi calculado só com base no INPC previsto para 2010 (variação da inflação).

Dentro da apresentação feita pelo ministro na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, foi atualizada a previsão de crescimento do PIB deste ano, que passou de 6,5% para 7,5% (no total de R$ 3,5 bilhões).

Defesa ao atual modelo de reajuste

"A proposta [da oposição] de R$ 600 foi derrotada. As pessoas não sentiram firmeza. O candidato [à Presidência, José Serra (PSDB)], quando colocou a proposta, não tinha atrelada a proposta de crescimento", defendeu o ministro.
Bernardo voltou a defender o atual modelo de cálculo como "o melhor critério" e que deveria ser mantido pelo governo da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).

O ministro disse aos parlamentares que a forma de calcular o salário mínimo foi elaborada em acordo com as centrais sindicais em 2006 e contempla os reajustes dos próximos 15 anos.

O ministro voltou a ressaltar que a cada R$ 1 de aumento no salário equivale a um impacto de R$ 284 milhões nos cofres públicos.

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