terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mãe é presa em MT por suspeita de envenenar filho de 6 anos, diz polícia

Uma mulher de 27 anos foi presa, em flagrante, por suspeita de ter envenenado o filho de 6 anos, na madrugada desta segunda-feira (22), em Cocalinho (MT). Os outros dois filhos, de 9 e 10 anos, ficaram intoxicados e foram levados para um hospital infantil de Goiânia, onde permanecem internados. Segundo a polícia, as crianças beberam xarope caseiro com chumbinho. Em depoimento, a mãe negou o crime, mas o namorado dela - que também foi preso - confirmou o plano para matar as crianças.

Segundo o delegado Antonio Moura Filho, da Delegacia Regional de Água Boa (MT), o plano teria sido elaborado no domingo (21). "No depoimento do namorado da mãe das vítimas, ele nos contou que atendeu a um pedido dela para comprar chumbinho. Segundo ele, a namorada disse que queria 'matar uns bichos com osso'. Em seguida, ela colocou o veneno no xarope e deixou a mistura pronta para dar aos filhos logo de manhã."

Moura disse que, ainda segundo depoimento do namorado da mãe das crianças, que a mãe deu a mistura com veneno para os filhos mais velhos. "Ele revelou que ministrou o xarope para a criança menor, de 6 anos, que acabou morrendo logo em seguida."

De acordo com o delegado, o namorado não mora com a mãe das crianças e, segundo o depoimento dele, tinha bom relacionamento com as crianças. "O relacionamento dele com a mãe das crianças começou em maio deste ano. O rapaz nos disse que a namorada sempre quis se livrar dos filhos. No depoimento que ela nos prestou, ela nega, não demonstra arrependimento, mostra frieza, muita inteligência, além de demostrar ser calculista e manipuladora", afirmou Moura.

Ele disse que pretende ouvir o dono do mercado que vendeu o chumbinho, o pai das crianças e os filhos que sobreviveram. "O casal foi preso em flagrante por homicídio triplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio". Moura explicou que as qualificadoras do crime são motívo fútil e torpe e envenenamento. "Nem coloquei nos autos que as vítimas não tiveram como se defender. Quem não beberia um remédio dado pela própria mãe? Com certeza as crianças não tiveram escolha."

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