quarta-feira, 15 de junho de 2011

Idade para doar sangue é ampliada

O Ministério da Saúde ampliou ontem a faixa etária para doação de sangue no País com objetivo de ampliar o volume de bolsas coletadas. No entanto, foi mantida uma restrição relacionada à doação por homossexuais masculinos. Especialistas ouvidos pelo Grupo Estado criticaram a decisão.

De acordo com o novo Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, a idade mínima para doação, que antes era de 18 anos, passa a ser de 16 - desde que o doador apresente autorização dos pais. O limite máximo foi ampliado de 65 para 68 anos. Com a mudança, o governo espera ampliar o volume de sangue coletado no País, atualmente de 3,5 milhões de bolsas anuais. O ideal, de acordo com padrões da Organização Mundial da Saúde, seria de 5,7 milhões de bolsas.

Embora o texto afirme que a orientação sexual não deve ser usada como critério para seleção dos doadores, foi mantida a restrição existente na norma anterior: homens que fazem sexo com homens somente podem doar sangue 12 meses depois da última relação.

"Na prática, portanto, a situação não mudou. O que há, apenas, é a determinação para que homossexuais sejam acolhidos de forma adequada no sistema de triagem", diz o coordenador nacional da política de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez.

Em outras palavras: não é o fato de ser gay que poderia impedir uma eventual recusa à doação de sangue, mas o fato de ter ocorrido uma relação sexual considerada de risco elevado. "É o mesmo princípio que existe para quem faz tatuagem" disse Genovez.

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