segunda-feira, 18 de julho de 2011

O prazo médio para o financiamento de veículos atingiu 558 dias em maio - cerca de um ano e meio -, apontam dados preliminares do Banco Central (BC). Este é o menor período desde setembro de 2009. O número de prestações do parcelamento de carros tem caído de forma contínua desde fevereiro.

Financiamento com prazo menor tem parcelas maiores, o que pesa mais no orçamento mensal do consumidor. Segundo o consultor do setor automotivo Ayrton Pontes, essa queda reflete as medidas tomadas pelo governo federal no final de 2010, que aumentaram o custo de financiamentos de maior risco para os bancos. "Apesar de as concessionárias anunciarem prazos máximos de até 60 meses, como forma de evitar custos e driblar riscos, os bancos passam então a ter mais exigências para a tomada deste crédito. Agora, o consumidor que opta por este prazo tem que ter um emprego estável ou casa própria", explica Pontes.

Ônus maior

O consumidor que optar por prazos mais longos também encontra juros mais altos. A taxa média praticada pelos participantes da Associação Nacional das Empresas Financiadoras de Montadoras (Anef) fechou em 1,6% ao mês em maio (20,98% ao ano). São cobradas taxas menores só para quem dá ao menos 20% de entrada na hora de comprar o veículo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário