O rombo que a Previdência causou ao Governo do Estado no ano passado foi de R$ 843 milhões. O dado, da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), dá o mote para discutir a necessidade de repensar os rumos da Previdência Estadual, a exemplo do que vem acontecendo na esfera federal. Além da contribuição do servidor, o Governo empregou R$ 608 milhões de contribuição patronal em 2011, correspondentes à sua fatia de 11% do salário de todos os servidores.
Para cobrir o rombo, o Governo precisou pagar mais que o dobro o que seria sua obrigação. Ao todo, foram utilizados R$ 1,451 bilhão dos cofres estaduais. Conforme o titular da Seplag, Eduardo Diogo, a previsão para 2012 é que este valor não varie tanto. Só em janeiro, a contribuição patronal somada ao rombo chegou a R$ 116 milhões.
“O importante é a gente entender que o mundo inteiro vive mais. Temos que fazer aperfeiçoamentos para que o sistema seja absolutamente sustentável”, disse o secretário. Diogo garante que o assunto vem sendo tratado nas mesas de negociação com os servidores. “A gente precisa definir quando vamos fazer esse corte para termos parâmetros diferenciados para quem entrar. Agora? Mais adiante?”, explicou, defendendo que não é razoável mudar os critérios para os atuais 135 mil servidores ativos e inativos.
A diretora executiva do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-se), Rita Galvão, reclama que o Governo nunca tenha apresentado nenhuma das propostas que vêm sendo analisadas. A intenção é chamar o Governo a participar de audiência pública e de seminário para esclarecer as categorias sobre possíveis mudanças. “Já existe pronunciamento do Eduardo Diogo dizendo que o Governo já tem essa proposta. Queremos conhecer”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário