A Polícia Civil vai investigar o
pai do bebê morto a pauladas pela babá em Teófilo Otoni, no Vale do
Mucuri. Segundo a delegada que conduz o caso, Verônica Zimmerer da
Silva, há evidências de que o homem sabia das agressões contra a menina
de um ano e sete meses e, mesmo assim, continuou pagando a namorada para
cuidar dela.
Após a confissão e prisão de Jeane Fernandes Mota, de 20 anos, as
investigações vão se concentrar no pai, a fim de descobrir se ele
realmente deixou de reprimir as ações da babá. A criança foi deixada na
casa da mulher na véspera do homicídio para que o homem pudesse ir a uma
festa de Réveillon. Ele só voltou ao imóvel no outro dia, na última
terça-feira (1º), ao ser avisado da morte da filha.
A Justiça concedeu o pedido de prisão preventiva da suspeita, que
deve permanecer detida no presídio do município por pelo menos mais um
mês. A Polícia Civil tem dez dias para concluir o inquérito. Uma
possível autuação do pai da criança não foi descartada pela delegada.
Morta por fazer pirraça
Jeane Fernandes Mota era namorada do pai do bebê e, há
três meses, começou a ser paga para tomar conta da criança. Na noite da
virada do ano, o casal foi a uma festa, e a menina ficou dormindo na
casa da mulher, que voltou para o imóvel na manhã do dia 1º.
A babá contou à polícia que a garota acordou por volta das 9h e
fez "pirraça" para comer, cuspindo todo o mingau. Irritada, a jovem
bateu na criança "usando as mãos, um chinelo e um pedaço de madeira do
armário da cozinha", segundo a delegada. A agressão com a madeira teria
sido na altura do abdome, conforme a versão da mulher.
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