sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Preço de carro pode subir 4,5% com novo IPI

As montadoras voltaram, ontem (1º), a pagar a alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que ficou reduzida de maio de 2012 até o último dia de 2014. Com isso, o governo espera arrecadar até R$ 5 bilhões a mais com o imposto em 2015 na comparação com o ano passado.

A indústria deve repassar o aumento do imposto para os preços, mas oficialmente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirma que a decisão é individual. Cada empresa vai definir quando e quanto do aumento do IPI repassará aos preços finais dos veículos. Conforme a Anfavea, o repasse integral do imposto deve resultar em um aumento de 4,5% nos automóveis 1.0.

A alíquota dos modelos 1.0 subiu de 3% para 7%. Para os com motor entre 1.0 e 2.0, passou de 9% para 11% nos automóveis flex. Já para os movidos somente a gasolina, o imposto subiu de 10% para 13%.

Essa foi uma das últimas decisões tomadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se despede do cargo após 8 anos e 9 meses no comando da economia. Mantega manteve reuniões com a Anfavea entre outubro e novembro para negociar a recomposição do IPI a partir de janeiro. O ministro afirmou nos encontros, segundo relatos de empresários, que "um aumento do imposto era inexorável, viria com ou sem ele".

O objetivo de Mantega era preparar o setor para a elevação, de forma a estimular as montadoras a realizarem promoções no mês de dezembro. As empresas entenderam o recado e praticamente todas as companhias lançaram campanhas publicitárias anunciando o fim do benefício para aumentar as vendas no último mês do ano.

Apesar disso, ainda existia uma certa esperança entre as montadoras de que o aumento pudesse ser escalonado, como ocorreu em outras ocasiões.

Mas na última quarta-feira, 31 de dezembro, contudo, em conversas por telefone com membros da equipe econômica foi confirmada a volta integral do imposto.

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