O corpo do menino de três anos, que foi encontrado morto no quarto de um flat, no bairro Mucuripe, na Capital, continua na Perícia Forense do Ceará (Pefoce). O garoto deu entrada na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) no início da noite do último sábado, com sinais de espancamento. Porém, um dia depois, ninguém havia solicitado a liberação do corpo.
A Polícia Civil acusa os pais da criança, um holandês e uma cearense, de terem cometido o homicídio. Os dois foram presos em flagrante. No mesmo apartamento estava uma outra criança, de cinco anos, que seria irmão da vítima. O menino apresenta sinais de maus-tratos e foi levado para o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), onde permanece internado. Até agora, nenhum familiar apareceu para acompanhar o tratamento da criança.
Segundo a assessoria de imprensa da unidade hospitalar, o garoto apresenta deformidades pelo corpo pois sofre de alguma síndrome, ainda não identificada pelos médicos. Embora tenha precisado de aparelhos para respirar, o quadro clínico dele é estável.
O crime
Acusados de homicídio, cárcere privado e periclitação da vida e da saúde, os pais das crianças foram identificados como: Stefan Smit, 37, natural de Rotterdam, na Holanda; e Antônia Cláudia Marques da Silva, 24, que seria de Camocim, a 379 km de Fortaleza.
Após receberem voz de prisão, ambos foram levados ao 2º Distrito Policial, na Aldeota. Na tarde de ontem, O POVO foi até a delegacia e conversou rapidamente com o acusado, que permanecia na carceragem da unidade. Evasivo, ele reclama de alguns ferimentos que apresentava no corpo e negou ter matado o próprio filho.
“Não matei. Estão falando coisa que não é verdade”, defendeu-se. Stefan disse ainda que reside em Fortaleza há seis anos e vivia com a mãe das crianças no apartamento do flat “Porto Jangada”, situado na avenida da Abolição.
.Já Cláudia Marques foi levada para a Delegacia de Capturas (Decapol) e transferida para o Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF), em Aquiraz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário