Depois subir 72,79% só nos quatro primeiros meses do ano e acumular
alta de nada menos do que 149,6% nos 12 meses até abril, o tomate passou
de vilão a mocinho na inflação. Só nos últimos 30 dias até 15 de julho,
o preço caiu 16,78%, uma das maiores quedas do IPCA-15, perdendo apenas
para a cenoura, que ficou 18,78% mais barata no mesmo período. O
tomate, que chegou a ser vendido a R$ 15 o quilo, agora é encontrado por
R$ 1,99.
— Isso só mostra o quanto o preço do tomate é volátil. Subiu muito no
começo do ano e agora está devolvendo a alta. Nossa projeção é que
termine 2013 com variação de 4%, ou seja, deve subir menos do que a
inflação e do que os 12% de alta do ano passado — diz o economista Fábio
Romão, da LCA Consultores.
Segundo Elson Teles, economista do Banco Itaú, uma das razões da
volatilidade nos preços é o curto ciclo de produção do tomate. Ele
explica que os agricultores haviam reduzido o plantio, porque tinham
perdido dinheiro nos anos anteriores. A diminuição da oferta, agravada
por problemas climáticos, fez disparar os preços e acabou estimulando
uma retomada na produção.
— Além disso, com as notícias dos preços altos, muita gente deixou de
comprar e ajudou a aumentar os estoques nos mercados e conter preços.
No momento, o tomate já devolveu praticamente toda a alta.
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