Diante de todos seus aliados do Pros durante no Palácio Abolição ocorrida na quarta,02, Domingos Filho disse com todas as letras que não faz sentido em renunciar ao cargo de vice-governador. Afirmou ainda que é um aliado histórico do governador Cid Gomes, que nunca o procurou com essa proposta ou fez essa sugestão. Esclareceu aos colegas de partido que é um político altivo, e que se renunciasse não teria como explicar o gesto.
A disposição de Domingos Filho é ficar até o final do mandato do governador Cid, mesmo sem disputar nenhum cargo nas eleições deste ano. Revelou não ser empecilho ao projeto eleitoral do Pros. Aceita ser governador tampão e não concorrer à reeleição. Só comandar o processo eleitoral. Tem resistências apenas a renunciar, um gesto que não combina com sua trajetória política.
Assim. o governador Cid pode ser forçado a continuar no Governo ou, diante do impasse, ceder ao desejo do vice-governador assumir o Palácio da Abolição. E confiar em Domingos Filho que nunca deu motivos para qualquer deslealdade.
Porém, os sinais que vêem do Abolição e do Paço Municipal é que vão aumentar as pressões para que Domingos Filho renuncie e seja realizada uma eleição tampão para a escolha do novo governador. Nessa interinidade de até 90 dias assumiria o cargo o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Gerardo Brígido. Depois, o presidente da Assembleia, deputado Zezinho Albuquerque, seria o governador tampão, para governar o Ceará, e dependendo das negociações disputar um novo mandato.
Esse projeto esbarra na rejeição do vice-governador Domingos Filho em abrir mão de assumir o Governo no lugar de Cid que preparou-se para renunciar hoje ao cargo mas pode desistir, se prevalecer a vontade de seu irmão, Ciro Gomes, que ontem em Limoeiro do Norte, defendeu que ele permaneça no Abolição até o dia 31 de dezembro.
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