sexta-feira, 30 de julho de 2010

Lula cria quase 100 mil cargos no Executivo


O candidato tucano à Presidência da República, José Serra (PSDB), decidiu enfrentar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, em sua campanha, tem insistido na crítica de que o petista usou seus dois mandatos para criar um exército de cargos públicos e distribuí-los entre os partidos que sustentam seu governo.

De acordo com dados do Ministério do Planejamento, Lula não deu mesmo sossego ao departamento pessoal desde que subiu a rampa do Palácio do Planalto, em 2003. A partir daquele ano, quase 100 mil novos servidores foram contratados só para o Poder Executivo, 12 mil deles para cargos de confiança, aqueles sem concurso público.

Quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pendurou a faixa presidencial em Lula, havia 485.741 funcionários trabalhando para o Executivo. Hoje eles somam 552.893. Ainda em 2002, o país empregava 68.931 funcionários “de confiança”, contra 81.564 hoje em dia. Os gastos para manter esse pessoal mais que dobrou no período: passou de R$ 30,9 milhões para R$ 67,9 milhões.

Muitos desses cargos foram, de fato, entregues aos partidos aliados das mais diferentes formas. Por serem os principais partidos da situação, PT e PMDB são os maiores beneficiados. O bolo começa a ser dividido nos ministérios, passa por agências reguladoras e pelas 114 empresas estatais federais, donas de uma fortuna que não para de crescer graças aos repasses do próprio governo. Em 2001, por exemplo, elas sacaram dos cofres da União R$ 25 bilhões, volume 380% menor que os R$ 94,5 bilhões previstos para este ano.

Dona de um orçamento de R$ 1,5 bilhão, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) ganhou fama de cabide de emprego durante a crise aérea de 2007. A ineficiência da estatal em meio ao caos que paralisou os aeroportos brasileiros custou caro ao PR e PTB, que perderam para o PMDB o controle dos principais cargos na empresa. O ministro da Defesa, o peemedebista Nelson Jobim, indicou para a presidência da estatal o técnico Murilo Marques Barboza em agosto do ano passado.

r7

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