sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Após o debate da TV Globo, Marina fala em tom de derrota


Era 1h10 da madrugada quando a candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, entrou na área de imprensa do debate da TV Globo para conceder entrevista. Sem citar nomes, ela criticou seus dois principais adversários, mas praticamente assumiu a derrota.

"Sei que existem aqueles que até podem ir para o segundo turno. Aqueles que vão ganhar perdendo porque fizeram alianças incoerentes e inconsistentes. E aqueles que vão perder perdendo porque fizeram um festival de promessas que não se sustentam", afirmou Marina, referindo-se a Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), respectivamente. "Se eu perder, perco ganhando", completou, repetindo bordão usado por Eduardo Brandão nos debates ao governo do DF.

A candidata verde admitiu conquistas do atual governo, mas atacou a forma petista de governar: "Avançamos na economia e nas questões sociais, mas a política está atrasada".

José Serra, do PSDB, mostrou confiança no segundo turno. Perguntado sobre a estratégia no caso de chegar a essa etapa, foi lacônico: "É fazer campanha, como temos feito até aqui".

O candidato mais uma vez criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a obrigatoriedade de apresentar o título eleitoral e um documento com foto para votar no domingo. "O Congresso aprova uma reforma eleitoral. O presidente sanciona. O TSE gasta dinheiro com campanha para ensinar o eleitor a levar o título e um documento com foto. Aí vem o partido do governo pedindo que se altere tudo e o Supremo aprova. Muito estranho."

Mudança

Sem esconder a alegria com a decisão do STF, Dilma Rousseff bateu na tecla de que o Brasil mudou para melhor com o governo Lula: "Estamos transformando o Brasil na distribuição de renda". A candidata petista reiterou que o atual presidente sempre será importante.

Dilma comentou a crise instalada no Equador – policiais rebelados agrediram o presidente Rafael Correa, que precisou ser resgatado de um hospital em Quito. "Vi as imagens, mas tenho que me informar melhor. Confio no fortalecimento das instituições democráticas."

O candidato do PSol, Plínio de Arruda Sampaio, admitiu uma serenidade maior no último debate presidencial: "Não estava a fim de catar voto. Estou mais calmo porque já está acabando. O que eu queria dizer ao eleitor eu já disse. Entrei nessa campanha para pôr minhoca na cabeça das pessoas. Dizer que elas não precisam trabalhar tanto. Para repensarem o sistema e a forma como vivem".

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