segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Entrada de dólar no país é a segunda maior do ano

A entrada de dólares no país já alcançou em outubro o segundo maior resultado do ano, apesar das medidas anunciadas pelo governo para taxar investimentos estrangeiros no país. Dados parciais do Banco Central mostram uma entrada de US$ 3,8 bilhões até a última quinta-feira (21).

Somente em operações financeiras, foram US$ 3,35 bilhões. Esse resultado está atrás apenas dos US$ 13,7 bilhões registrados em setembro, que foi influenciado pela capitalização da Petrobras. As compras do BC para retirar dólares do mercado somam US$ 6,3 bilhões, atrás apenas do registrado no mês anterior.

Na semana passada (dia 18), o governo anunciou que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investimento estrangeiro em renda fixa passou para 6%. O tributo já havia subido de 2% para 4% no começo do mês. O governo também aumentou o IOF (de 0,38% para 6%) sobre a margem de garantia para investimentos no mercado futuro para estrangeiros.

A ideia é desestimular esse tipo de investimento --que oferece alta rentabilidade devido às altas taxas de juros praticadas no Brasil-- para tentar conter a forte entrada de dólares no país.

O ingresso de capital externo leva à valorização do real, o que, entre outras consequências, reduz a competitividade das exportações brasileiras. Nos últimos meses, o Brasil tem registrado entradas recordes de recursos externos, puxando a cotação da moeda dos EUA para baixo.

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