Uma rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, capital do Maranhão, deixou nesta segunda-feira (08) pelo menos 14 presos mortos e um funcionário ferido.
Os presos foram assassinados por companheiros de cárcere - três deles foram decapitados. Já o funcionário da penitenciária, baleado em uma perna e nas costas, foi socorrido e depois hospitalizado.
Às 23h (0h desta terça-feira em Brasília), cinco carcereiros continuavam reféns dos presos, 14 horas depois do início do motim, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública. Os amotinados tomaram o controle de um dos pavilhões do complexo penitenciário na manhã desta segunda-feira, após pegarem a arma do funcionário que foi ferido.
Ajuda federal
Os presos rejeitaram as tentativas de negociação feitas pela PM (Polícia Militar) do Maranhão, que cercou a prisão, o que levou a governadora do Estado, Roseana Sarney, a pedir ajuda ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
O Ministério decidiu enviar uma equipe de policiais especializados em negociações em um voo fretado, que chegará a São Luís na manhã desta terça-feira, quando será retomado o diálogo com os líderes da rebelião, segundo informou o governo estadual em comunicado.
As autoridades maranhenses, segundo nota oficial, atribuíram o motim ao "estado de tensão permanente" entre facções criminosas, que é acentuado pelo problema de "aglomeração" comum à maioria de prisões brasileiras.
Maior centro penitenciário do Estado
O Complexo Penitenciário de Pedrinhas é o maior do Maranhão, com seis unidades e capacidade para cerca de 2.000 presos. Segundo a imprensa, no entanto, teria cerca de 4.000 detentos. A capacidade máxima do módulo no qual ocorreu a rebelião é de cem presos, mas abrigava cerca de 200.
Nenhum comentário:
Postar um comentário