quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mulher chefe de família é a que trabalha mais, em casa e no emprego, diz Ipea

Elas têm mais anos de estudo, se dividem entre o trabalho e os cuidados com a casa, ganham menos e trabalham mais. Este é o retrato das mulheres chefes de família traçado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), por meio do cruzamento de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) 2009, divulgados este ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o estudo, de 2001 a 2009 a proporção de famílias chefiadas por mulheres no Brasil subiu de aproximadamente 27% para 35% do total. São 21.933.180 o número de famílias que identificaram como principal responsável uma mulher no ano de 2009.

São mulheres solteiras, separadas ou viúvas que tem filhos, solteiras sem filhos, morando sozinhas, entre outras. Mas um perfil chama a atenção: o das mulheres casadas chefiando a família mesmo tendo um marido ou companheiro em casa, com ou sem filhos.

Nesse caso, segundo o Ipea, "o tradicional arranjo casal com filhos com um homem como `cabeça do casal´ passa a ser substituído por situações em que a mulher é tida como a pessoa de referência na casa". Em 2009, 14,2% dos casais com ou sem filhos eram chefiados por mulheres.

O instituto não aponta um fator definitivo para que essas mulheres sejam reconhecidas como chefes da família, o que pode depender, inclusive, de qual membro da família respondeu à pesquisa. O instituto avalia, porém, a atual situação dessas mulheres em âmbito familiar.

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